Com taxa de ociosidade acima de 50% de seu parque produtivo e respondendo por 22% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial, a indústria automobilística quer construir o sucessor do Inovar-Auto, que acaba em 31 de dezembro. Conforme mostrou o jornal "O Estado de S. Paulo", entre as propostas está um novo sistema de cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis. Em vez das cilindradas, como é hoje, poderá ser adotada como critério a eficiência energética. Motores mais econômicos recolheriam menos imposto.
Megale afirmou que no estudo, denominado "Agenda Automotiva Brasil", não há nenhuma sugestão de incentivo fiscal. "Não há nenhuma demanda neste sentido", disse. O presidente da Anfavea afirmou ainda que a ideia do setor é buscar mais previsibilidade e uma visão de longo prazo. "É uma proposta de encaminhamentos, de como a gente tem que trabalhar de forma harmônica entre governo e setor privado", afirmou.
O executivo reconheceu que o momento que o setor atravessa "é bastante crítico" por conta da ociosidade elevada e preferiu não falar sobre projeção de retomada de empregos. "O objetivo primeiro é produzir mais para diminuir a ociosidade", completou. Segundo ele, a "retomada das obras de infraestrutura e as concessões devem trazer novo dinamismo" ao segmento.
De acordo com a Anfavea, o objetivo da Agenda Automotiva Brasil é preparar a indústria automobilística brasileira para as transformações tecnológicas, com ações que contemplam a recuperação da base de fornecedores e estímulos à pesquisa, desenvolvimento e engenharia, além de previsibilidade na implantação de metas de eficiência e de equipamentos de segurança veicular como itens de série.
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